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Em meio à pandemia, embate entre PT, PSDB e PP dá o tom da corrida à prefeitura

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A disputa à prefeitura de Santa Maria vai ganhando corpo e, mesmo frente à pandemia, os partidos e pré-candidatos vão mostrando as armas que irão dispor neste pleito que, a exemplo de 2016, deve ser decidido no segundo turno. O atual mandatário do Executivo municipal, Jorge Pozzobom (PSDB), que evita falar publicamente sobre a reeleição, tem se ocupado do tema mais problemático e sensível para Santa Maria: o controle dos desdobramentos da Covid-19 na saúde e na economia do quinto maior município do Estado. 

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Embora ainda não tenha desembarcado oficialmente do governo, o vice-prefeito Sergio Cechin (Progressistas) também já se agiliza para mostrar que tem condições de se mostrar um candidato forte ao pleito e tem mantido agenda, na condição de vice que é, ao observar o coronavírus.

O que os une, até aqui, é que Pozzobom e Cechin são, sim, parte do mesmo governo. Obviamente que isso traz o ônus e o bônus, como seria em qualquer outro governo - do partido que fosse - se houvesse uma cisão entre prefeito e vice no curso do mandato. Já o PT que, por pouco não está no lugar de Pozzobom com o problema da pandemia, uma vez que Valdeci Oliveira perdeu para o tucano, por uma diferença de 226 votos, já se move também. Ao lado do PSD, os petistas devem apostar na dobradinha Luciano Guerra/Marion Mortari para chegar ao segundo turno.

O PT, inclusive, ao sinalizar com a primeira aliança, ao lado do PSD, quer mostrar que mantém-se forte e com chances de retomar o comando da prefeitura. Algo, aliás, que foi feito até hoje apenas por Valdeci que esteve à frente de Santa Maria de 2001 a 2008. 

Os petistas, dias atrás, emitiram um material em que expuseram críticas a Pozzobom e ao Cechin (veja abaixo). 

Confira, abaixo, trechos do material encaminhado pelo PT à imprensa: 

"(...) Atualmente, milhares de santa-marienses perderam seus empregos, empresas estão fechando e não há nenhuma alternativa apresentada pelo atual governo para conter os reflexos da pandemia. Santa Maria vive um de abandono por parte do governo Pozzobom/Cechin. A chegada da Pandemia do Coronavírus agravou a delicada situação do município. Já são mais de 70 casos confirmados e uma morte oficializada. A cidade está jogada às traças após três mandatos desastrosos, que acabaram com tudo que Santa Maria havia conquistado ao longo dos oito anos em que o PT governou o município. O nome de Luciano Guerra, o vereador mais votado no pleito de 2016, aclamado pelo partido ainda no ano passado, vem reforçar a luta pelos trabalhadores e pelas trabalhadoras do campo e da cidade, bem como, deverá ser capaz de trazer a união que a cidade precisa para voltar a crescer e se desenvolver, através de alternativas que vão ao encontro do que Santa Maria precisa para melhorar e para superar o momento em que vive.

CONTRAPONTO

"Não queríamos politizar essa questão da pandemia. É até ilógico que o PT queira falar sobre condução da pandemia. Isso é algo que afetou o mundo, o Brasil, o Rio Grande do Sul e a nossa Santa Maria também. Se eles então têm uma fórmula pronta de combate à Covid-19, deveriam trazê-la a público. A arrecadação de Santa Maria, que concentra 86% das atividades no comércio e no serviço, está sendo afetada. A cidade tem, é claro, suas limitações. Por isso, que flexibilizamos pagamentos de taxas e tributos e temos, permanentemente, falado com o empresariado e forças trabalhistas. O distanciamento social e as medidas adotadas, até aqui, impediram que tivéssemos uma escalada de mortes em Santa Maria. O PT deveria, isso sim, reconhecer os erros do passado. Uma administração ineficiente e incapaz, à frente da prefeitura, que deixou um saldo de problemas: obras paradas, como a do Centro de Eventos, pavimentação feita sem critério, projetos errados e que até hoje precisam ser consertados por nós."
João Chaves (PSDB), vereador, líder do governo no Legislativo e presidente do PSDB local 

"É inadmissível que se tente politizar a discussão sobre a vida. E estranho mais ainda que essa questão venha de um partido que quebrou o país e contaminou a política nacional com o vírus da corrupção. Não sou prefeito. Aliás, nunca fui prefeito. Mas, naquilo que está ao meu alcance, sempre estive ao lado dos santa-marienses. Prova disso fica evidenciado ao articular verbas dos deputados da bancada Progressista e do nosso senador Luis Carlos Heinze, em que todos esses somaram-se em um esforço coletivo, trabalhando dia e noite em busca de soluções, para o Hospital Regional. A situação é grave no mundo todo. Só com diálogo e trabalho sério vamos cuidar dos empregos e proteger as vidas. Não com discursos de ocasião."
Sergio Cechin (Progressistas), vice-prefeito e pré-candidato ao Executivo

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